Este Blog se destina aos registros e acompanhamento das ações educativas, realizadas através da Gestão de Aprendizagem Escolar - Gestar II
25/11/2009
Propósitos Pessoais, Propósitos da Disciplina e Memorial Reflexivo
PROPÓSITOS PESSOAIS
Considerando que a aprendizagem é um processo contínuo na vida do ser humano, meu principal propósito é sempre aprimorar minha prática profissional e construir novos saberes através da interação. Enquanto formadora do Gestar II, acredito na proposta do Programa e dedicarei a contribuir com o desenvolvimento da competência e autonomia dos professores cursistas, de forma que possam propiciar aos alunos o desenvolvimento das habilidades de compreensão, interpretação e produção dos mais diversos textos. E que, além de usuário competente da língua, seja também eficiente enquanto mediador nas diferentes situações de interação com seus alunos.
PROPÓSITOS DA DISCIPLINA
O Gestar II de Língua Portuguesa é um Programa de Formação Continuada semipresencial para professores (as) que atuam nas séries finais do Ensino Fundamental e tem como objetivo possibilitar ao professor um trabalho que propicie aos alunos o desenvolvimento de habilidades de compreensão, interpretação e produção dos mais diversos textos, visando à inserção dos alunos na sociedade, como cidadãos conscientes, capazes de analisar as várias situações de convivência social, bem como se expressar criticamente em relação a elas. O trabalho do Gestar II se baseia na concepção sócio-construtivista do processo de ensino-aprendizagem, visando uma construção do conhecimento conjunta entre alunos e professor, por meio de uma relação interdependente, apoiada no interesse e na participação ativa dos alunos e na atuação do professor enquanto mediador entre os alunos e o conhecimento social e historicamente construído.
Acredita-se que o Gestar é um poderoso recurso que poderá amenizar a grande dificuldade que os professores enfrentam no cotidiano da sala de aula (o envolvimento dos alunos nas atividades propostas), uma vez que as sugestões de atividades foram pensadas, buscando a participação ativa do aluno nas mesmas, tornando as significativas.
MEMORIAL REFLEXIVO.
Eu, Edileuza da Cruz Maçaneiro, iniciei minha jornada educacional em 1967, quando com 6 anos de idade, comecei a estudar numa escola pública chamada, Grupo Escolar Quintino Bocaiúva,
Minha jornada como educadora propriamente dita, teve início aos 17 anos de idade, com alfabetização para adultos (MOBRAL), depois foi com educação para adultos equivalente ao ensino Fundamental (Educação Integrada), foram três anos de experiências com educação para adultos. Aos 21 anos, já casada e influenciada por problemas pessoais, deixei o trabalho com a educação me dedicando exclusivamente à família. Com o passar do tempo fui me sentindo frustrada, apesar de ter constituído uma família, sentia falta de algo, mas não sabia exatamente do que. Alguns anos depois, morando numa comunidade rural, com a qual tenho vínculo até hoje, voltei a trabalhar com a educação e então me redescobri, era isso que estava faltando, a garotinha que ensinava os irmãos menores e a jovem que ensinava os adultos ainda estavam vivas
Hoje, após 18 anos consecutivos na Educação, já atuei em várias funções na escola: professora regente, coordenação pedagógica, direção da escola e coordenação de grupos de estudo dos Parâmetros em Ação (PCNs). Todas as funções foram significativas, mas destaco a coordenação dos grupos de estudo dos Parâmetros, minha primeira experiência com formação de professores (as). Nesse período percebia através da participação dos professores nas atividades propostas, o desejo de buscar subsídios que contribuíssem com sua prática, seriedade e compromisso com a formação continuada, isso tornava o trabalho intensamente gratificante.
Minhas expectativas como formadora do Gestar II de Língua Portuguesa, são as melhores possíveis, uma vez que a maioria dos (as) cursistas afirma que essa formação veio ao encontro de suas necessidades, considerando até então, a carência de formação continuada para professores que atuam nas séries finais do Ensino Fundamental. Procuro contribuir com os professores cursistas, de forma que através da reflexão sobre sua prática pedagógica, possa melhorá-la, visando sempre a busca da qualidade do ensino e aprendizagem. Através das experiências vivenciadas nos encontros presenciais, visitas nas escolas e relatos dos professores, surge a esperança de melhoria na qualidade do ensino brasileiro
Edileuza da Cruz Maçaneiro
Alta Floresta – Junho/2009
24/11/2009
Análise da imagem do Gestar II
Após várias tentativas – elegemos aquela que se transformou no símbolo do Gestar em nossa região. Escolhemos a imagem de uma mão que segura uma pequena planta, para ilustrar a importância do Gestar II enquanto programa de formação Continuada, pois é preciso pôr de fato a mão na terra para que essa planta continue a crescer e possa dar muitos frutos.
Segundo Bosi (1936) a mão arranca da terra a raiz e a erva, colhe da árvore o fruto, descasca-o, leva a boca. A mão apanha o objeto, remove-o, achega-o ao corpo, lança-o de si. A mão lavra a terra há pelo menos oito mil anos. Com as mãos desde que criou a agricultura, o homem semeia poda e colhe.
A mão suja de terra deve representar o nosso envolvimento com a proposta de fazer uma Educação pública de qualidade. Uma mão que está em seu labor, isto é, na prática. A terra da imagem é muito fértil e deve ser cuidada para que continue com esse “adubo” para que a pequena planta chamada Gestar II possa ser acolhida, regada e se transforme em uma frondosa árvore: a árvore do conhecimento.
Que a mão de cada cursista possa servir de lugar de gestação/ proteção para esse programa de formação continuada.
Análise do filme Narradores de Javé.
Inicialmente faremos um breve contexto daquilo que foi possível apreender do filme “Narradores de Javé” – o filme conta a história de um povo, os moradores do Vale do Javé, no sertão baiano, que tentam reconstruir sua história passada de geração a geração através da oralidade, buscando, dessa forma garantir sua existência no futuro, que se encontra ameaçada pela construção de uma represa que fará o povoado desaparecer em suas águas.
Diante de tal problemática (alguns de seus moradores – os mais instruídos oralmente, mas que exercem “poder” junto aos demais – resolvem verificar o que é possível fazer para reverter a situação imposta. Ao pedir explicações junto ao Estado , vêem que a única saída é elaborar um monumento ou patrimônio histórico que justifique seu tombamento.
Essa informação deixa o povo de Javé em polvorosa. Como tornar Javé um monumento ou patrimônio histórico se a cultura dos moradores é apenas a oral? Como elaborar um documento (escrito) que comprove os feitos do herói – Indalécio, no desbravamento do sertão baiano, a fim de fundar um povoado para seus seguidores? Diante do posicionamento do Estado, o povo de Javé resolve encarregar o antigo responsável pela Agência de Correios do povoado – único cidadão alfabetizado do lugar- para ouvir as histórias dos moradores e a partir delas, escrever a história do povo do Vale do Javé.
O povo passa então a registrar sua identidade histórica e cultural, cada um de acordo com a sua visão cultural e religiosa, porém sentido original, o fio condutor da história é preservado. Um fator bastante intrigante – que é apresentado durante os relatos - parece ser o das relações de poder (todos querem ser descendentes diretos do colonizador- tendo em vista os feitos heróicos de Indalécio).
Os moradores de Javé tentam escrever a sua história, mas a ideologia dominante que devem obedecer (neste caso a supremacia da cultura escrita) não é compreendida e aceita. O próprio escriba desiste de realizar tal documento, ao perceber a riqueza cultural/oral daqueles moradores. Verifica a complexidade que é “fazer calar uma linguagem viva e em movimento, para colocá-la em um documento estático, parado, e com apenas uma única versão. Dessa forma as águas inundam Javé...
Falar dos “narradores de Javé” nos remete a pensar o próprio termo – narrativa, ou seja, Ao iniciar é preciso pensar no próprio termo “narradores” e estabelecermos Nesse momento é de fundamental importância refletirmos sobre o carteiro-escriba, pois ele é alfabetizado e letrado. Mas o que é ser alfabetizado e letrado? Recorremos a Magda Soares (2000) segundo a autora alfabetizado é aquele que aprendeu a ler e a escrever já ser letrado é fazer uso da escrita, isto é se envolver nas práticas sociais da leitura e da escrita. Nesse caso, as ações do carteiro mostram o uso da escrita como mecanismo para resolver necessidades práticas de seu cotidiano. Podemos ilustrar com sua própria trajetória junto a Agência dos Correios – que, para manter seu emprego - usa de seus conhecimentos (escreve cartas para várias localidades contando as histórias pessoais dos moradores de Javé)- Agora – diante dessa necessidade a população percebe a importância do escriba, pois somente ele é capaz de realizar a tarefa de registrar a história de Javé.
Cabe aqui uma reflexão: os moradores de Javé eram analfabetos, mas letrados, isto é, conseguiam conviver e viver em Javé, sem dominar a escrita, isto significa que não existe grau zero de letramento, pois numa comunidade é impossível não participar, de alguma forma, de algumas dessas práticas. Há alguns exemplos que ilustram essas práticas, eis algumas: todas as decisões importantes da comunidade contavam com um grande número de moradores e o “chamado” – ou uma das práticas de letramento – pode ser representada pelas badaladas do sino da pequena igreja que tinha o papel de convocar a todos para se reunir; o comércio acontecia de forma satisfatória, (o vendedor vendia até o sorriso dos moradores de Javé) os moradores sabiam da importância das anotações e encarregavam o vendedor de registrá-las, isto é, sabiam da importância da registro, mas passavam esta tarefa a outro. Diante disso verifica-se que o mesmo Estado que exigia “o documento oficial ”não possibilitava esse direito aos moradores. Pode ser algo proposital, mas a ausência do próprio sacerdote neste contexto contribui para um processo de exclusão. Nem mesmo a religiosidade daquele povo parece ter sido respeitada. Há uma igreja, mas qual a função dela?
O filme mostra a posição de poder da cultura letrada sobre a cultura popular oral tendo em vista que o Estado apenas reconhece como válida a história de Javé se houvesse o documento – o livro de Javé. Há momentos que evidenciam essa supremacia todos falam ao mesmo; o escriba dorme durante os relatos e ainda há brigas entre os narradores. O que vemos é uma dualidade, pois a linguagem oral não é vista como algo que complementa que acrescenta, mas algo que deve ser substituído, negado. As diferenças culturais parecem não caber nesse cenário.
O filme sinaliza para uma tomada de consciência sobre as diversas formas de expressão da cultura brasileira, cabe a nós professores, aproveitarmos as leituras e reflexões do GESTAR II para aprofundarmos nosso conhecimento no sentido de eliminar a visão preconceituosa que considera a cultura letrada superior à oral. Uma cultura marcada pela exclusão lingüística e social. Aprender e respeitar as diferentes culturas nos leva a busca de uma identidade verdadeiramente brasileira.
OFICINA 4 TP 2 Alta Floresta
Os objetivos da oficina foram: Rever e sistematizar informações em torno da arte e da linguagem figurada; Identificar a arte na vida cotidiana – formas e funções da arte; Identificar as figuras de linguagem cotidiana; Identificar as várias possibilidades da linguagem figurada nos textos literários.
Nesse momento houve a socialização dos cursistas e, alguns desenvolveram a atividade do avançando a partir da música “fantasia” e, após a leitura e discussões os alunos foram pesquisar o momento de sua produção e puderam compreender um pouco mais sobre a ditadura e o período militar.
Outros realizaram a atividade a partir da poesia “Serão de junho” e, os alunos não sabiam sobre o “minuano” os professores tiveram que levá-los a realizar uma pesquisa sobre o assunto. Em algumas escolas onde tinha professores oriundos do Sul do Brasil – estes foram chamados para falar da sensação do “minuano” e, após os relatos os alunos ilustraram a poesia. Elaborando um álbum de desenhos. Houve, ainda cursistas que aproveitou para usar as imagens para servir de inspiração para elaboração de cartas.
Após a leitura dos objetivos os cursistas foram divididos em três grupos e cada um pode escolher – (dentro do envelope) o tipo de arte cotidiana poderia ser representado para os demais, pois a arte é uma forma de conhecimento que está muito relacionada com nosso cotidiano. Dessa forma a arte é um convite e (re)interpretação do mundo. Ao procurar expressar-se o artista convida o próprio leitor a desvendar o mundo.
Depois da apresentação os grupos foram incentivados a fazer uso das figuras de linguagem na elaboração de mensagens em cartões, tendo em vista que, as figuras de linguagem são muito comuns na nossa fala. São usadas exatamente porque o sentido mais comum denotativo das palavras não nos parece suficiente para expressar a carga de sentimentos que queremos revelar em nossa situação comunicativa. Após a elaboração dos cartões – houve a troca dos mesmos entre os cursistas. Na seqüência houve as últimas orientações sobre os portfólios e os projetos de conclusão do Programa Gestar II em Língua Portuguesa. Discutiu-se também a possibilidade de apresentarmos os resultados dessa Formação à comunidade de Alta Floresta.
OFICINA 3 TP 2 -
Uma cursista comentou que aplicou o avançando da página 56 e, que levou uma tela para a sala de aula. A tela que ela levou é de uma professora da própria escola. A professora disse que os alunos ficaram admirados em analisar a obra, pois já haviam visto, mas nunca tinham explorado dessa forma. Disse também que deu dicas para que os alunos começassem a descrição, mas logo depois os alunos dispensaram seus comentários. A professora ficou encantada com as produções - seus alunos produziram verdadeiras descrições poéticas. Outra disse que realizou a mesma atividade, porém utilizou as gravuras que estão nos muros e paredes da escola JVC – disse que levou os alunos para o pátio e pediu que eles observassem atentamente as imagens. Depois pediu para que eles descrevessem o que viram. A professora também se surpreendeu com os resultados. Ressaltou que percebeu um avanço educacional por parte de seus alunos e também dela. Outra – argumentou que a prática do Gestar II é diferenciada e contagia os alunos. Comentou – a partir da formação do Gestar II eu comecei a ver o meu aluno como “único” antes eu via a sala como um todo. Outra – disse que os alunos não aceitavam fazer as atividades e, agora se deixaram até fotografar realizando as atividades. Também foi realizado a descrição – os alunos descreveram as imagens que tem nas paredes da escola. Produziram descrições e também narrações.
Durante essa oficina vários depoimentos nos emocionaram, observe: “antes a gente levava a gramática normativa em primeiro lugar – agora a gramática é um apoio”.
“o aluno não gosta de mesmice” já abandonei meus livros didáticos”. Nesse momento ressaltou-se a presença marcante da gramática normativa nas escolas, pois o que muitos de nós ainda procura é corrigir os “erros” dos alunos. Após esse momento de “quase lágrimas”.
A turma foi dividida em três grupos e cada um deles- leu e explicou – um tipo de gramática. Na seqüência houve a apresentação do entendimento das concepções de gramática.
Verificou-se que na Gramática internalizada e o ensino produtivo – há a impossibilidade de uso da língua sem uma gramática. Gramática descritiva e o ensino reflexivo – todos nós refletimos sobre a língua e aprimoramos essa reflexão na sala de aula.
Gramática normativa- e o ensino prescritivo – vai discutir sobre as regras da norma culta- privilegiando a modalidade escrita.
Internalizada vai sendo ampliada, na medida em que o falante vai entrando em contato com novas situações de comunicação e diferentes usos da língua. (adequação da linguagem). Reflexivo – um momento de refacção de texto é sem dúvida um momento de reflexão de escolhas. Observamos, analisamos e tiramos conclusões sobre os usos da língua (adequação da linguagem). Normativa – a norma culta parece ser a língua correta. A noção de erro e de acerto é muito marcante.
Após a apresentação os grupos realizaram a dinâmica da frase curiosa e, após a leitura das mesmas os grupos realizaram a adequação das frases para as várias possibilidades de construção das frases. Declarativa, imperativa, exclamativa e a interrogativa. Foi muito relevante, pois os cursistas conseguiram compreender a presença da gramática internalizada – na elaboração da frase. Gramática descritiva e reflexiva – quando tiveram que organizá-la para ler com entonação e adequar a mesma ao tipo solicitado. Perceberam também que o uso da gramática normativa – se deu quando alguns tiveram que buscar auxílio em outras classes de palavras.
OFICINA 2 TP 1 – Alta Floresta
Ao prepararmos a oficina, nós formadoras, sentimos a necessidade de repensarmos algumas ações para essa oficina, pois ao estudarmos o texto “ampliando nossas referências” vimos a necessidade de realizarmos uma pesquisa sobre as teorias propostas para o entendimento da leitura. Decidimos levar textos que enfocassem a teoria do conhecimento, já que a maioria dos cursistas possui habilitação em Letras e esses estudos muitas vezes não fazem parte da formação acadêmica.
Houve uma leitura dinâmica com pausas para questionamentos e esclarecimentos de dúvidas.
Na teoria do conhecimento relacionamos os estudos filosóficos com os estudos dos lingüistas em relação ao inatismo. Depois ao empirismo e a experiência e por último discutimos a dialética e a interação humana.
Após a leitura, os cursistas realizaram a leitura da fábula “ A língua” observando a presença das teorias do conhecimento, psicologia/psicanálise, sociologia, pedagogia,da comunicação, análise do discurso e a teoria literária. Observaram que todas essas abordagens se apresentaram na fábula, pois essa leitura depende da história do leitor, da época e da sociedade em que são produzidas.
A leitura das teorias já nos encaminhou para os estudos sobre a intertextualidade que foi a segunda atividade. Levamos alguns textos que abordavam claramente o assunto. Após as discussões pedimos que os cursistas produzissem intertextos a partir dos mesmos.
Depois houve orientações sobre os portfólios e os projetos.
OFICINA 2 TP 1 – Alta Floresta
Houve uma leitura dinâmica com pausas para questionamentos e esclarecimentos de dúvidas.
Na teoria do conhecimento relacionamos os estudos filosóficos com os estudos dos lingüistas em relação ao inatismo. Depois ao empirismo e a experiência e por último discutimos a dialética e a interação humana.
Após a leitura, os cursistas realizaram a leitura da fábula “ A língua” observando a presença das teorias do conhecimento, psicologia/psicanálise, sociologia, pedagogia,da comunicação, análise do discurso e a teoria literária. Observaram que todas essas abordagens se apresentaram na fábula, pois essa leitura depende da história do leitor, da época e da sociedade em que são produzidas.
A leitura das teorias já nos encaminhou para os estudos sobre a intertextualidade que foi a segunda atividade. Levamos alguns textos que abordavam claramente o assunto. Após as discussões pedimos que os cursistas produzissem intertextos a partir dos mesmos.
Depois houve orientações sobre os portfólios e os projetos.
A formação aconteceu nas dependências da UNIFLOR e teve como objetivos sistematizar informações e discussões essenciais em torno da literatura para ad
A oficina 1 do TP 1 ocorreu nas dependências da Uniflor de Alta Floresta. Iniciamos dando as boas vindas aos participantes e depois apresentamos a estrutura e os objetivos que foram: relacionar língua e cultura; identificar os principais dialetos e registros do Português; caracterizar a norma culta; caracterizar a linguagem literária, além de caracterizar a linguagem oral e escrita.
Na seqüência houve a apresentação dos Avançando na prática em que os cursistas disseram que está difícil de aplicar as atividades, pois estão sobrecarregados de atividades, tais como: simulados da Prova Brasil, diário online, fechamento de bimestre, entrega de notas aos pais e isso tem contribuído para que as atividades do Gestar II não consigam ser concluídas em duas semanas.
Vários professores trabalharam com o texto “Retrato de velho” e relataram que os alunos gostaram de procurar no dicionário algumas palavras como: mandriona, bandalho e escaramuce etc. Outros trabalharam com o mesmo texto a leitura dramatizada. Foi trabalhado o “Caso do Vestido” para abordar a linguagem literária. Disse também que os alunos refletiram também sobre o relacionamento do casal. Depois uma cursista nos contou que foi alfabetizada no nordeste, suscitando variações lingüísticas empregadas naquele espaço geográfico, nesse momento citamos alguns autores e pesquisadores como: Marcos Bagno e Magda Soares que afirmam que o preconceito não é apenas lingüístico, mas social.
Após a socialização houve a apresentação dos conceitos e a necessidade de retomar e aprofundar alguns trechos teóricos tendo em vista a problemática variação lingüística e o desconhecimento de alguns cursistas em relação à Sociolingüística. Nesse momento realizamos a leitura e reflexão dos textos “Nois Mudemo” e “Minha história”.
Depois realizamos a dinâmica dos balões coloridos para a formação dos grupos. Os grupos receberam a atividade
Houve a leitura do texto “Causo mineiro” e, a reflexão abordou a questão da linguagem oral e da escrita. Os cursistas disseram que com esse tipo de atividade faz com que os alunos percebam que a escrita não é a transcrição da fala.
Nesse momento partimos para a segunda atividade – com os mesmos grupos já organizados por regiões. Estes deveriam ler a receita mineira de “repôio com aí e óio” e produzir uma receita de algum Estado brasileiro. Abordou-se nessa oportunidade os aspectos ligados a língua e a cultura. Tivemos apresentação de receitas paulista, mineira, carioca, cuiabana, gaúcha e baiana. Encerramos com “a Oração do Matuto”. A oficina contemplou os objetivos propostos.
Oficina 12 TP 6
Depois realizou-se a leitura do conto “Minhas férias, pula uma linha, Parágrafo. Após a leitura houve uma discussão sobre como nós professores estamos lendo e o que estamos lendo. Somos professores leitores? Depois de todas as reflexões falamos sobre O processo de produção textual: revisão e edição.
Quando estamos aprendendo a produzir textos, uma intervenção dialógica produz a reflexão sobre os procedimentos e estratégias de resolução desse tipo de problema e sobre o uso de técnicas durante o processo da escrita. Após a escrita do primeiro rascunho – o autor deve começar a se distanciar do próprio texto para considerar o objetivo, o assunto, a forma a fim de poder significar para a audiência, trabalhando a seqüência de idéias. É preciso elaborar tipos diferentes de listas de verificação para auxiliar na revisão e edição dos textos.
Depois partimos para as discussões sobre a Literatura para adolescentes. Sabemos que os adolescentes lêem pouco, preferem ler revistas e jornais. Seus problemas de leitura estão ligados também a leitura do professor e de práticas pouco produtivas da escola, em torno do ato de ler. Diante disso, o professor precisaria insistir em leituras mais longas, completas, e dar um espaço privilegiado para o livro de literatura.
É preciso escolher obras que abordem assuntos palpitantes para você. Sem conhecimento e sem experimentar a literatura, o professor tem chances muito reduzidas de ajudar a formar leitores verdadeiros.
Após as discussões sobre a necessidade de o professor ser leitor para fazer alunos leitores foi distribuído um livro para que cada grupo realizasse a leitura e, a partir da mesma elaborasse uma proposta motivadora de leitura para crianças e adolescentes. Os livros foram: A decisão do Campeonato da autora Ruth Rocha; a Bela Adormecida no Bosque de Charles Perrault tradução de Ana Maria Machado; O Piquenique de Catapimba de Ruth Rocha e a Ilha do Tesouro de Robert Louis Stevenson adaptação de Isabel Vieira.
Após a apresentação dos resumos dos livros o grupo percebeu que as temáticas dos livros se relacionavam, pois tratavam de questões de competição/disputa e da luta do bem e do mal.
Os grupos sugeriram atividades preparatórias, leituras de imagens, leitura em voz alta pelo professor, leitura individual do aluno e atividades para compartilhar a experiência – enumerar ou desenhar as histórias; recontar a história oralmente e por escrito. Adotar um caderno de registro das leituras realizadas. Com os seguintes critérios: Gostou? Por quê? Não gostou? Por quê? A oficina se encerrou com os encaminhamentos da próxima oficina.
RELATORIO DAS OFICINAS 3 E 4 DO TP 2 – NAVA CANAA DO NORTE
22/11/2009
OFICINA 11 E 12 TP 6 EM NOVA CANAÃ do NORTE
Oficinas 09 e 10 do TP 5 – Nova Canaã
Foi realizado a dinâmica, toca-para-cria, empregando música, palavras chaves e uma imagem, que dariam origem a uma frase, um parágrafo ou um texto e ainda a atividade de produção de texto a partir de imagem e conectivos, visando à importância dos elementos coesivos na sistematização de ideias na produção textual, ambas visando a coerência e a coesão as quais foram realizada com precisão pelos cursistas, atingindo assim o objetivo das oficinas.
OFICINA 8 - TP 4 –NOVA CANAA – PERÍODO VESPERTINO
A maioria dos cursistas desenvolveu atividades a partir da poesia “Cidadezinha Qualquer” de Carlos Drummond de Andrade, considerando a proximidade do aniversário de Nova Canaã. Segundo os cursistas, após estudos, pesquisa e análise do poema, os alunos realizaram atividades voltadas para sua cidade, uns escreveram poemas homenageando a cidade pelo seu vigésimo terceiro aniversário, outros desenharam paisagem local e contornaram com dedicatórias à cidade, simulando o poema de Drummond em forma de arranha céu. Outros cursistas desenvolveram a atividade do texto “Nossas Cidades” em que os parágrafos aparecem de forma desordenada, para que os alunos os ordenassem.
Algumas dúvidas foram suscitadas pelos cursistas – dentre elas o que são estratégias cognitivas e metacognitivas. Após os esclarecimentos realizamos a dinâmica caixinha de surpresas para descontrair o grupo.
Aproveitamos este momento para refletirmos alguns conceitos acerca de como mergulhar no texto, como chegar à estrutura do texto, discutir crenças e teorias sobre a produção textual e desmistificar alguns conceitos pré concebido como: todo bom leitor é bom escritor.
Depois dividimos a turma em três grupos para que realizassem as atividades propostas para a oficina. Mudamos um pouco a estrutura das atividades, propomos que se preferissem poderiam trabalhar com outro gênero textual – elaboramos um material de apoio – (material apostilado da Cesgranrio formação de professores 2007) já utilizado pelos professores da Rede Estadual de Mato Grosso.
A partir dos encaminhamentos, os grupos produziram planejamento de suas aulas. A fim de dar maior visibilidade aos planejamentos, pedimos que os grupos produzissem os textos propostos em seus planos. Depois houve as apresentações e, por último a avaliação e encaminhamentos para a próxima oficina.
OFICINA 7 – TP 4- NOVA CANAÃ - PERÍODO MATUTINO
A maioria dos (as) cursistas desenvolveu atividades dando enfoque à cultura local, uma vez que a transposição didática coincidiu com a data do aniversario da cidade, evento realizado tradicionalmente com uma festa chamada “Costelão”. Outros trabalharam com a festa junina, outra tradição comum nas escolas. Discorrerei sobre o relato de uma atividade que envolveu uma turma de 9ª ano na organização de uma festa junina na escola. Normalmente, a organização dessa festa tradicional é por conta da comunidade escolar. Esse ano foi diferente. A professora aproveitou o Avançando na Prática, para envolver a turma na organização da referida festa. Segundo a professora, foi uma experiência bem sucedida, pois conseguiu o envolvimento de toda a turma, até mesmo aqueles alunos que dificilmente se interessam pelas atividades propostas. A festa foi realizada sob a coordenação da turma, a qual elaborou convites para pais e alunos, ofícios para as autoridades, cartazes de divulgação e passou nas salas recolhendo as doações para a festa. No dia do evento, a turma se dividiu entre as várias atividades, uns recepcionavam os convidados, outros ajudavam servi-los, e outra equipe cuidava do pátio mostrando-se responsáveis pelo acontecimento. Segundo a professora, mesmo após a realização da festa, os alunos envolvidos continuaram apresentando atitudes responsáveis no período em que permanecem na escola. Acredita-se que as atribuições feitas a eles partindo do desenvolvimento do “Avançando na Prática” despertaram neles o senso de responsabilidades. Uma cursista comentou que as atividades do TP4, caíram como uma luva, tendo em vista o momento festivo no município, comentário adoçado por toda a equipe.
Outros cursistas realizaram atividades com textos presentes em placas, enfocando o letramento e a escrita fora do ambiente escolar.
O maior desafio dos professores atualmente é trabalhar os conteúdos de forma atraente aos alunos. A proposta do Gestar vem de encontro a esse desafio.
Na sequência, retomamos os conceitos estudados no TP enfocando leitura, escrita, cultura e letramento, o que segundo os cursistas, reforçou os conhecimentos já adquiridos. Foi sugerido que assistissem ao filme “Narradores de Javé” para reforçar as discussões e conceitos sobre letramento.
OFICINA 6 TP3 - PERÍODO VESPERTINO – NOVA CANAA DO NORTE
Um dos coordenadores da Formação Continuada na sua escola, relatou que ao conhecer os objetivos e a qualidade do Programa, concluiu que a proposta veio ao encontro da necessidade da turma e resolveu envolver toda a equipe nesse contexto. Com a colaboração das coordenadoras pedagógicas, levou a proposta do Gestar para a formação continuada da escola, a qual foi aceita por todo o corpo docente. Segundo o cursista, alguns conceitos equivocados foram desmistificados no decorrer dos estudos realizados na escola, o que os motivou ainda mais a não medir esforços para continuar participando do grupo, mesmo tendo que sacrificar sábados e feriados. Na seqüência foi feito a socialização das atividades “Avançando na pratica.”
A maioria dos cursistas optou pela descrição. Segundo relato dos mesmos, as aulas foram produtivas, contemplando a oralidade, a escrita, o espírito competitivo, o respeito às regras e o envolvimento de toda a turma de forma participativa, enfocando as características da descrição como um retrato. Outros trabalharam com a receita em grupos, desenvolvendo produção escrita seguindo as sugestões da p.172. Segundo os cursistas, foi compreendido pelos alunos a flexibilidade dos gêneros textuais de acordo com o objetivo sócio-comunicativo. A seguir realizamos a dinâmica “caixinha de surpresas” para descontrair o grupo.
Na seqüência distribuímos um envelope para cada grupo contendo vários tipos de textos para que os cursistas pudessem identificar os tipos textuais. (narrativo, descritivo, injuntivo, prescritivo, dissertativo argumentativo e expositivo) e explicassem os aspectos mais relevantes para essa identificação. Durante a socialização dessa atividade os cursistas comentaram sobre a importância desse trabalho, considerando as dúvidas presentes durante a classificação.
Foi realizada a avaliação da Oficina e o conteúdo das avaliações foi voltado especificamente para dois fatores: a relevância do Gestar como uma importante ferramenta na prática pedagógica e a limitação do tempo. Segundo os cursistas, a proposta do Gestar veio de encontro com suas expectativas, porém o tempo destinado aos estudos e intervalo entre uma oficina e outra não é suficiente para explorar a riqueza do material, tanto individual como na transposição didática tendo em vista a qualidade.
OFICINA 5 - TP3 - PERÍODO MATUTINO – 07/05/09 – NOVA CANAÃ DO NORTE
Foi comum entre os professores levar para sala de aula leitura e discussão de diversas biografias e posteriormente pedir aos alunos a produção de biografias, uns pediram autobiografia, outros organizaram os alunos em duplas para que um escrevesse a biografia do outro, foi produzido também a biografia de um Professor já falecido e ainda das Mães, tendo em vista a proximidade do segundo domingo de maio. Enfim, a maioria dos professores comentou que já haviam trabalhado com esse gênero em sala, porém de forma diferente e sem muito sucesso. A mesma atividade trabalhada com as sugestões do Gestar proporcionou um resultado satisfatório.
Poucos professores trabalharam com Fábulas envolvendo leitura, produção oral e escrita e relação da moral da fábula com a vivencia social, conseguindo envolver toda a turma na atividade. Segundo relatos dos cursistas, encontraram poucas dificuldades para o desenvolvimento das atividades, como a busca de outros materiais para enriquecer o trabalho e principalmente a organização curricular que é modular devido à rotatividade de professores. Em seguida foi realizada uma dinâmica denominada “Sonho” com objetivo de formar grupos para as próximas atividades. Após trabalhamos com o texto “Circuito de gêneros” e refletimos sobre a importância de fazer chegar nas salas de aula/escolas os textos que circulam fora dela. Durante a organização dessa oficina pudemos contar com o apoio da Polícia Civil de Alta Floresta que gentilmente nos cedeu textos que circulam naquele ambiente. Dentre eles: Mandado de busca e apreensão, prisão em flagrante, interrogatório, termo de declarações, depoimentos e mandado de condução. Após a leitura do texto de fundamentação teórica, os cursistas foram convidados a ler o texto literário de Manoel Bandeira “tragédia brasileira” e aplicar os conhecimentos obtidos a partir das leituras e das socializações realizadas, transformando o texto literário em utilitário, cumprindo assim um dos objetivos do Programa que é sugerir formas de transposição didática que torne o conhecimento significativo aos alunos.
Cada grupo escolheu um dos gêneros acima citados para elaborarem a produção. Observamos um grande envolvimento por parte dos cursistas em realizar essa atividade. No decorrer desse trabalho foi reforçada a diferença entre texto literário e não literário a pedido de uma cursista. As explicações foram dadas em termos teóricos e práticos. Ficou evidente a compreensão dos cursistas a partir das produções elaboradas. O trabalho foi bastante produtivo, alguns grupos além da produção escrita fizeram também encenação do texto. Depois dessa atividade os mesmos grupos realizaram um planejamento de aula abordando a caracterização e classificação dos gêneros textuais a partir: da música “bom dia’, dando enfoque à oralidade; o segundo grupo trabalhou com o poema e enfocou as questões gramaticais, outro grupo optou por trabalhar com a interpretação e produção de poemas a partir de notícias. E o quarto grupo objetivou verificar semelhanças e diferenças entre os textos. Esse trabalho dos grupos (plano de aula) objetivou mostrar os gêneros literários e não literários que circulam dentro e fora da escola; desenvolver a oralidade, a concentração, a atenção e a socialização dos alunos através das leituras coletivas, análise lingüística e produção de textos oral e escrito. Além de despertar e desenvolver a habilidade poética. Segundo comentários dos cursistas, as discussões e trocas ocorridas durante a oficina, contribuíram intensamente com a prática docente. Após a socialização dos planos de aula realizou-se a avaliação.
OFICINA DO GUIA GERAL EM NOVA CANAA DO NORTE
A abertura foi realizada com a participação das autoridades acima citadas, onde cada um falou sobre o apoio à Educação, especificamente à implantação do Programa Gestar II no Município. Na seqüência foi apresentado um breve panorama do Programa desde seu início no Estado de Mato Grosso em 2007 à atualidade e foi exposto que trata-se de uma intervenção do Governo Federal em parceria com o Estado e Municípios, visando possibilitar aos professores de Língua Portuguesa das turmas de 6ª ao 9ª ano do ensino Fundamental, um trabalho que propicie aos alunos o desenvolvimento de habilidades de compreensão, interpretação e produção dos mais diferentes textos. Em seguida foi realizada uma dinâmica de acolhimento com a música Tocando em Frente (Almir Sater), porém por falha técnica não tínhamos som, apenas os slides acompanhados pela contribuição sonora dos participantes. As atividades tiveram continuidade com a apresentação do Programa Gestar II em PowerPoint com comentários intercalados que complementavam a apresentação. Em resposta a questionamentos, foi salientado que o Gestar prima pela melhoria na qualidade da Educação buscando tornar significativo o conteúdo trabalhado na Escola, oferecendo um leque de sugestões de atividades que deverão ser adequadas pelo professor de acordo com as turmas com as quais trabalham, tendo como base o Texto, trazendo para dentro da sala de aula os textos que circulam socialmente fora dela e que fazem parte do cotidiano do aluno.
No segundo período, iniciamos com a dinâmica de apresentação denominada de “Cara Metade” a qual proporcionou descontração geral e foi comentado por uma das participantes que essa dinâmica poderá ser desenvolvida em sala de aula com objetivo de trabalhar oralidade, desinibição e companheirismo. Também houve comentários de que a mesma poderá ser trabalhada, não apenas para apresentação dos alunos, mas envolvendo algum conteúdo da disciplina tornando a atividade lúdica. Em seguida realizou-se a entrega do material com espaço para o primeiro contato, conferencia e manuseio do mesmo. Seguido do estudo da estrutura do material no Guia Geral. Foi discutido sobre os fundamentos metodológicos do programa onde abordamos a concepção sócio-construtivista do processo de ensino-aprendizagem. Nesta concepção o ser humano se apropria do conhecimento produzido pela sociedade – o aluno é participante do processo e o professor mediador do conhecimento. Também discutimos sobre a relação professor – aluno a qual deve se basear em vínculos de afetividade e compromisso com sua formação acadêmica. Para que esse conhecimento se efetive é preciso que o professor encoraje os alunos a construir uma postura investigativa e participativa dentro e fora da escola. Em relação a sala de aula verificamos que ela deve ser a base do programa Gestar II. Na seqüência foi realizado uma atividade contemplando as expectativas dos cursistas em relação ao gestar, bem como as contribuições para com o mesmo através da dinâmica denominada “Arvore dos desejos” de forma que a arvore foi construída com folhas contendo as expectativas e frutas as contribuições dos cursistas. Partindo dessa atividade foi possível conhecer o que os cursistas esperam do programa para sua formação docente e o que trazem para a realização do mesmo (contribuições). Depois houve os encaminhamentos das oficinas do TP 3, acompanhado de manuseio deste seguindo passo a passo, do índice ao interior do TP. Os cursistas não apresentaram dificuldades no entendimento relacionado aos encaminhamentos das oficinas das Unidades 10 e 12, os questionamentos foram bem moderados. Estava previsto na pauta, um estudo comparativo dos objetivos do Gestar II, PCNs e Livro Didático, porém não houve tempo, foi então solicitado aos professores cursistas que nos estudos individuais ou de grupo realizassem essa atividade. Para finalizar a oficina foi apresentada a dinâmica da “Fita Azul” salientando a diferença que cada um faz, tanto no meio profissional como pessoal e familiar. Nossas atitudes, valorização e respeito ao outro, pode sim, representar uma grande diferença. O encerramento se deu com o agradecimento aos cursistas que se mostraram receptivos durante todas as atividades das oficinas.
OFICINA 11 – TP 6 – ALTA FLORESTA – 18/09/09 - matutino
OFICINA 10 TP – 5 EM ALTA FLORESTA
19/11/2009
OFICINA 9 EM ALTA FLORESTA
OFICINA 8 - TP4 ALTA FLORESTA
A oficina 8 foi realizada no dia 26/06/2009 com o objetivo de desenvolver uma sequência de aulas utilizando elementos do processo de produção textual.
Iniciamos com a socialização dos Avançando na Prática, momento em que as cursistas relataram as atividades práticas, umas partiram da poesia Cidadezinha Qualquer de Drummond, elaborando cartão postal de sua cidade e de animais em extinção, outras trabalharam com a imaginação de um passeio e o relato mesmo, outras ainda realizaram literalmente um passeio ( piquenique) para motivar os alunos a produção textual, segundo as professoras quando as aulas são práticas e motivadoras, os alunos conseguem ter gosto pelo trabalho com a linguagem, pois, produziram textos fizeram colagens e expuseram as produções no mural da escola.
Foi ressaltado que as produções dos alunos tem melhorado significativamente, partindo da transposição didática.
Aproveitamos para refletir sobre alguns conceitos sobre como Mergulhar no texto, como chegar à estrutura do texto, crenças e teorias sobre a produção textual.
Mergulho no texto – abordamos as Estratégias cognitivas – as que são realizadas automática e inconscientemente. Metacognitivas – aquelas pelas quais a escola deveria, sobretudo, se interessar, por serem acionadas conscientemente pelo leitor. As perguntas – os questionamentos – só lemos porque temos algum tipo de indagação. Ajudar o aluno a interrogar-se sobre tal assunto ou texto é encaminhá-lo no sentido de “criar motivos” para a leitura.
Perceber a estrutura do texto – a organização do texto evidencia o plano do autor para fazer o leitor seu cúmplice na construção de um significado. Ex: narrativa – (introdução, complicação, clímax, e desfecho).
Dissertativo: (introdução, desenvolvimento, conclusão). Ajudar o aluno a depreender esse “esqueleto” é dar-lhes melhores elementos para compreender o texto. Fazer anotações – no texto ou sobre o texto – são atividades facilitadoras para a compreensão e a retenção de seus dados. Seria realizar uma leitura mais cuidadosa. Compreender o que está na linha - explícito; por trás da linha – implícito, além da linha – outros textos, na entrelinha – o que sugere mais de uma interpretação. Ex: o texto literário. Depois lemos e discutimos o texto “Por que meu aluno não lê?” (Bellenger/ Kleimam).
Algumas questões foram levantadas sobre o fracasso da leitura na escola – a leitura tem pouco lugar no ambiente do brasileiro – formação precária dos profissionais da escrita. Em sala de aula - muitas vezes a leitura não tem caráter prazeroso. Ela é difícil porque não faz sentido. As além das práticas que muitas vezes são desmotivadoras. Estas práticas provêm, basicamente, de concepções erradas sobre a natureza do texto e da leitura, e, portanto, da linguagem.
Ainda em relação à leitura abordamos a questão da motivação sem fundamentação, pois segundo os autores encontramos alguns professores com uma proposta renovadora e inovadora, mas ao se depararem com a estrutura de poder (que já reina na escola) desiste de suas atividades porque elas estão baseadas apenas numa convicção de necessidade de mudança, sem a formação teórica necessária para essa prática pedagógica. Na sequência discutimos a produção textual, crenças, teorias e fazeres porque as teorias influenciam nosso modo de ver e agir no processo pedagógico. As teorias científicas – a partir de estudos e observações e as teorias ingênuas – as que aprendemos no cotidiano. Discutem sobre ser escritor é um dom – a pessoa desenvolve naturalmente- mesmo sem a intervenção do professor. Sobre habilidade diferenciada – aqueles que têm mais facilidade para escrever. Tem mais motivações (interação facilita). Existe o Dom, mas é preciso o despertar: aqueles que têm o dom, mas que necessitam de outras oportunidades. Cabe a escola oferecer “todas as oportunidades” para que os alunos aprendam a ler sem maiores prejuízos. Nossa cultura foi construindo crenças que nos levaram a formar (preconceitos) que de alguma forma interferem em nosso fazer pedagógico. Dentre elas: a escrita é uma transcrição da fala; só se escreve utilizando a norma padrão e, todo bom leitor é um bom escritor. Durante essas discussões muitos equívocos foram sanados.
Na escola, escreve-se para produzir textos narrativos, descritivos e dissertativos. É preciso construir andaimes. Cabe a nós professores disponibilizarmos os meios, a experiência e a prática. Com diferentes gêneros e, ensinar, propondo estratégias e visando, mais do que a simples correção da forma, a um retorno dialógico que negocie com o aluno aspectos relacionados à leitura comunicativa de seu texto.
Na seqüência, abordou-se as contribuições de John Harris e Jeff Wilkinson que apresentam uma proposta para as hierarquizações das dimensões dos gêneros, dependendo da situação sociocomunicativa.
- Consciência da audiência – quem é meu interlocutor
- Relevância do conteúdo – será usado dentro e fora da escola.
- Seqüência de informação – (coerência).
- Nível de formalidade- formal ou informal – depende do interlocutor.
- Função da comunicação – qual o objetivo.
- Convenção – (formato do documento – ofício, carta, ...
Algumas dúvidas foram suscitadas pelos cursistas e sanadas pelas formadoras – dentre elas o que são estratégias cognitivas e metacognitivas. Após os esclarecimentos realizamos a dinâmica caixinha de surpresas para descontrair o grupo. Depois dividimos a turma em três grupos para que realizassem as atividades propostas para a oficina 8. Mudamos um pouco a estrutura das atividades propomos que se preferissem poderiam trabalhar com outro gênero textual – elaboramos um material de apoio – (material apostilado da Cesgranrio formação de professores 2007) já utilizado pelos professores da Rede Estadual de Mato Grosso.
A partir dos encaminhamentos os grupos produziram planejamento de suas aulas. A fim de dar maior visibilidade aos planejamentos pedimos que os grupos elaborassem os textos que estavam pedindo em seus planos. (acreditamos que o professor necessita mostrar suas produções para os alunos, pois já há relatos de alguns cursistas que contemplam essa ação pedagógica como fator muito relevante. Após as apresentações realizou-se a avaliação do encontro.